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Renan Ramalho- Do G1
O ex-diretor do BB chegou ao Brasil nesta sexta, trazido por uma equipe da Polícia Federal, e foi levado para o presídio da Papuda, em Brasília, onde ficará preso.
Segundo Janot, as despesas se referem a viagens, tradução de documentos, e três vídeos realizados na penitenciária da Papuda, em Brasília, e em dois presídios de Santa Catarina para demonstrar às autoridades italianas que Pizzolato, como cidadão italiano, teria tratamento digno nas prisões brasileiras.
Outra iniciativa do MPF, segundo Janot, será a repatriação de 113 mil euros (cerca de R$ 496 mil) apreendidos com Pizzolato na Itália.
Durante a entrevista à imprensa, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou que o governo também tentará na Justiça obrigar Pizzolato a pagar 100 mil euros (R$ 439 mil), como ressarcimento pelos gastos do órgão para pagar honorários de advogados que representaram o Brasil junto à Justiça italiana no processo de extradição.
Além disso, o Ministério Público Federal quer apresentar denúncia contra Pizzolato junto à Justiça brasileira pelos crimes de lavagem de dinheiro, no Rio de Janeiro, e uso de documento falso em Santa Catarina.
Janot esclareceu, no entanto, que para acusar formalmente o ex-diretor do BB no Brasil, terá antes de pedir autorização da Itália, já que o país aceitou extraditá-lo, como cidadão italiano, somente para cumprir a pena referente ao mensalão.
‘Dia importante’
Para Janot, esta sexta-feira, dia em que “é um dia importante para a Justiça brasileira”, ao comentar a chegada do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato ao país.
Pizzolato foi condenado no processo do mensalão do PT em 2012 a 12 anos e sete meses de cadeia. Em 2013, o ex-diretor, que tem cidadania italiana, fugiu para a Itália para não ser preso no Brasil.
“Hoje é um dia importante para a Justiça brasileira e para o MP brasileiro. Conseguimos ultimar o processo após uma longa discussão jurídica. Conseguimos vencer os obstáculos para trazer esse brasileiro condenado pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou o procurador-geral.