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O governo do Distrito Federal teve um gasto de aproximadamente R$ 55 milhões com a assunção de três empresas de transporte coletivo do Grupo Amaral, ocorrida em fevereiro deste ano por supostas falhas na prestação do serviço.
Segundo o presidente da Sociedade de Transportes Coletivos (TCB), Carlos Alberto Koch, o faturamento da empresa foi de cerca de R$ 20 milhões no período, o que significa R$ 30 milhões foram bancados pelo GDF.
“[Com o grupo] Amaral, o governo gastou mais ou menos até R$ 55 milhões, e do caixa de faturamento R$ 20 milhões e pouco”, disse. “Houve um desencaixe de R$ 30 milhões. O governo vai correr atrás para reaver esses recursos.”
“Nenhum ativo foi devolvido ao Grupo Amaral, até porque estamos encerrando o balanço da operação, almoxarifado, levantamento de peças, itens”, disse. “Na ação proposta pelo Grupo Amaral de indenização contra o governo, eles se manifestaram claramente que não querem receber os ativos de volta, querem indenização.”
“Eles acabaram com a empresa, destruíram, acabaram com tudo, tudo roubado, pneu, motor, ônibus, almoxarifado tudo, não tem mais o que devolver para mim. Dos 402 ônibus, foi tudo roubado”, afirmou Amaral. “Não quero mais nada, não. Não vou pegar empresa para trás. Quatro peritos já fizeram os cálculos [da indenização que o empresário diz ter direito a receber].”
Na época da intervenção, o governador Agnelo Queiroz justificou a medida dizendo que era a maneira de garantir a prestação de serviço à população. “Estivemos em contato constante com a empresa, fizemos um esforço por meses seguidos, fizemos um TAC [Termo de Ajustamento de Conduta], junto ao Ministério Público. A empresa assegurou que aumentaria a frota e o que aconteceu foi o contrário”, disse.
Nova intervenção
O governo do Distrito Federal assumiu nesta segunda-feira (23) o controle de três empresas do Grupo Canhedo – Viplan, Lotáxi, e Condor –, que operam 30% do transporte coletivo no DF.
De acordo com o secretário de Transportes, José Valter Vasquez, a assunção das empresas do grupo Canhedo é diferente do Grupo Amaral, e não deve acarretar em custos altos. “Essa intervenção vai ter muito mais custo propriamente nas demissões dos operadores do que na operação, uma vez que a receita do grupo é mais do que suficiente para fazer frente à operação”, disse Vasquez.
O GDF informou que a intervenção não deve ultrapassar o período de 60 dias, prazo que coincide com o cronograma final para a troca da frota antiga e início da operação do novo sistema. A previsão inicial era de que toda a nova frota do transporte público estivesse em operação até o final deste mês.
No período, o GDF pretende concluir as rescisões trabalhistas dos funcionários do Grupo Viplan e permitir que eles sejam contratados pelos novos operadores do sistema. Informações do G1.